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Otin – Ela é uma orixá única e forte, conhecida por sua ligação com a caça e a fartura. Ela é a verdadeira esposa de Odé e compartilha sua vida com os orixás Igbo, Logun Edé e Ogún.
Saudação – Oke bambo. Otinla.
Festa – 20 de janeiro
Dia de Culto – 5ª feira e sábado
Símbolos – Ofá onigun mẹrin(arco e flecha quadrado), lança e pote.
Cores – Azul-royal e amarelo ou verde e dourado.
Números – 3 e 6
Bebida – Aruá, água de coco, garapa e sucos de frutas.
Comida – Oxoxó com amescla, frutas e carne, principalmente as de caça.
Elemento – Amescla e a lua.
Ervas – Ervas de Oxossi, Ogun e LogunEdé
Flores – Cravos, rosas brancas e rosas amarelas
Animais – Onça, periquito e búfalo
Quizilas – Seios à mostra, brigas e mesquinharia.
Local de Oferta – Matas e troncos/tocos de árvores.
Domínio – A caça, a fartura, a agricultura, as matas, a verdade, o conhecimento, a fertilidade e a beleza.
OTIN
Otín, também conhecida como Otín Lagbé ou Iyagba Otin, é uma divindade feminina que desempenha um papel fundamental na religião africana, especialmente no culto aos orixás. Ela é reconhecida por sua associação com a caça, a natureza e a fertilidade, bem como sua ligação com as águas, sendo responsável por levar água para os demais orixás durante a caçada. Segundo a tradição, Otín foi a verdadeira esposa de Oxóssi, o orixá da caça, e se alimentava exclusivamente de caças, acompanhando-o nas matas em busca de presas. Sua função é defender tanto o caçador quanto a caça, garantindo o equilíbrio e a sobrevivência na floresta.
A história de Otín revela sua origem na cidade de Otan, sua migração para Okuku e seu destaque como guerreira corajosa que enfrentou batalhas contra os vizinhos ljesa. Sua amizade com guerreiros locais como Agbona e Oloku, seu casamento com Erinlé (associado a Oxóssi) e sua transformação em um rio chamado "Odò Otin" são elementos que enriquecem sua mitologia e demonstram sua importância como uma deidade versátil que transita entre a caça e a guerra.
A relação de Otín com Oxóssi, Logun, Ossain, Oxum, Yemanjá, Ogum e outros orixás demonstra sua importância e influência em diferentes aspectos da vida e da natureza. Seus símbolos incluem a jarra na cabeça, representando sua ligação com a agricultura, e o arco e flecha, indicando sua habilidade na caça.
O mito de Otin, a mulher de quatro seios, revela sua ligação com a fertilidade e a maternidade, além de sua jornada de superação diante das adversidades. Ela era conhecida por seu apetite voraz e paixão pela carne, o que a levou a ser chamada de "gorda" em algumas narrativas. Sua história inclui a fuga para a floresta e sua transformação em rio, simbolizando sua conexão com a água e a natureza. Sua jornada é marcada por desafios e ensinamentos sobre a importância da aceitação, verdade e busca por equilíbrio e harmonia.
Otín é pouco conhecida e cultuada no Brasil, sendo responsável pela atividade da caça e associada à lua e à noite, momento propício para a caçada. Sua cor consagrada é o azul escuro, representando a noite e a liberdade. Protetora dos caçadores e provedora da subsistência, Otín defende a morte dos animais como forma nobre de garantir alimentação e ritual, resistindo à caça predatória.
Seus símbolos estão relacionados à caça, como chifres de búfalo, arco e flecha quadrado, e lança. Seu poder se estende também sobre as colheitas, refletindo a importância da agricultura como meio de subsistência. A escolha de Otín por usar um Ofá quadrado está relacionada a sua natureza única e misteriosa. Segundo algumas lendas, ela não passa pelo mesmo lugar duas vezes, o que simbolicamente representa sua constante busca por novos caminhos e desafios. O Ofá quadrado, por sua forma distinta, também pode representar a ideia de que Otín não se encaixa nos padrões convencionais, sendo uma deidade singular e incomum.
Otín é descrita como uma orixá independente e única, uma "obirin Odé" (mulher caçadora) que não se encaixa nos padrões tradicionais. Sua juventude impulsiva a levou a participar de expedições com Ogún, com quem aprendeu as artes da guerra. Sua personalidade única e sua história marcante a tornam uma figura fascinante dentro do panteão dos orixás, revelando sua importância como guardiã da natureza, da fertilidade e da vida selvagem.
Caracteísticas dos filhos de Otín
Os filhos de Otín carregam consigo características e arquétipos que refletem a essência e a personalidade da divindade. Representando a marca sobre o mundo selvagem, eles intervêm no ambiente para sobreviver, sem alterá-lo significativamente. Assim como Otín, esses indivíduos conhecem a agricultura, mas dão preferencia a recolher apenas o necessário, como a caça, para consumir imediatamente.
No aspecto psicológico, os filhos de Otín são marcados por uma forte independência e uma extrema capacidade de rompimento. Assim como a caçadora silenciosa que precisa evitar qualquer ruído que afaste a presa, esses indivíduos valorizam o silêncio, a observação e a concentração. São joviais, rápidos e espertos, tanto mental quanto fisicamente, demonstrando uma determinação firme para alcançar seus objetivos e uma paciência para aguardar o momento adequado para agir.
Com uma luta baseada na necessidade de sobrevivência, os filhos de Otín não buscam a expansão ou a conquista, mas sim a manutenção e a adaptação ao ambiente. São pessoas teimosas, com corpos e comportamentos que fogem do convencional, refletindo a natureza única e enigmática da divindade que os inspira. Assim, os filhos de Otín carregam consigo não apenas as características físicas e comportamentais, mas também os arquétipos de independência, observação aguçada e determinação silenciosa que marcam sua jornada na vida.
Os filhos de Otín também são reconhecidos por sua imponência e elegância, que transmitem uma aura de poder e distinção. No entanto, é importante que estejam atentos ao cuidado com o ego, pois sua personalidade marcante e independente pode levá-los a se destacarem de forma excessiva, gerando incompreensões e desafios nas relações interpessoais.
Devido à sua natureza única e incomum, os filhos de Otín são frequentemente mal compreendidos pelas pessoas ao seu redor. Sua independência, silêncio e determinação podem ser interpretados de maneira equivocada, levando a desconfianças e mal-entendidos. Por isso, é essencial que cultivem a paciência, a humildade e a empatia ao se relacionarem com os outros, buscando comunicar de forma clara e assertiva suas intenções e pensamentos.
Axoxo para Otin
Ingredientes:
- 1 Kg de Milho Vermelho
- Melaço de cana
- Acúcar mascavo
- Cravos da índia
- Canela em pau
- 1 alguidar
- Carnes de caça ou frutas (opcional)
Modo de preparo:
Cozinhe o milho vermelho com água, amescla, cravo e canela e deixe esfriar, coloque no alguidar, regue com bastante melaço de cana e bastante açucar mascavo, enfeite por cima com pedaços de carne de caça ou frutas.